A Corrupção como um problema crônico / parte II

terça-feira, 16 de março de 2010

Como todos sabem, o dinheiro é a base do capitalismo. Vivemos em um mundo capitalista e quem tem mais dinheiro sempre se sobressai, leva alguma vantagem. Na verdade nao buscamos o papel que chamamos de dinheiro, buscamos o que esse simples papel pode nos proporcionar. Pode ser um carro no ano, uma casa linda e maravilhosa, roupas de grife ou jantar em belos e luxuosos restaurantes. Mas o que isso tudo tem em comum? Sim, o desejo de se sentir importante. Por quê? Porque ter um carro do ano é bem visto pela sociedade, te proporciona certo ‘status social’, tambem conhecido como valor social e isso é um grande afrodisiaco para nós humanos, temos uma maior propensão a nos sentirmos atraidos por pessoas com alto valor social e ‘bem sucedidas’, mas o que é uma pessoa bem sucedida? Uma pessoa com dinheiro, e como já disse antes, infelizmente em nossa sociedade dinheiro é sinônimo de poder e quanto mais poder voce tem, mais importante voce é.


Entao estamos (todos nós, não somente os politicos) sempre buscando ter algum tipo de vantagem sobre o outro, pode ser em um processo seletivo para emprego, pode ser em um simples jogo, ou poder ser o policial rodoviário que aceita uma ‘bonificação’ do motorista e faz vista grossa sobre aquele pneu careca ou aquele farol com problema, e isso se aplica tambem aos politicos, todos de alguma maneira já tiramos ou procuramos levar vantagem sobre alguem ou sobre uma determinada situação, por menor que seja, é um gesto de ‘esperteza’. Ah Leoni, quer dizer entao que voce apoia a corrupção? NÃO. Eu a desprezo fortemente.

Quero mostra aqui que isso é um problema crônico e que nenhuma lei ou nenhuma punição vai resolver (mais isso é um assunto longo, falo em outra oportunidade). Só a educação pode resolver tal problema cultural, que só se agrava com o passar do tempo. Alguns artistas do nosso país já falava a respeito disso nas decadas de 70 e 80, como é o caso de Raul Seixas em sua musica Novo Aeon: “...querer o meu não é roubar o seu...”, temos como crença que ser ‘esperto’ é enganar e levar vantagem sobre o outro, que é roubar o que é do outro, mas Raul mostra em sua musica que para voce conquistar aquilo que deseja é necessario passar por cima do seu ‘concorrente’ e muito menos trapacear, não precisamos desse capitalismo selvagem, não precisamos ver as pessoas como concorrentes, não precisamos tentar ser tao superiores, tao mais ricos do que o outro. Em nossa sociedade falta praticarmos um pouco mais de empatia, devemos nos colocar na pele dos outros, sentir o que sentem, mas nunca julgar ou roturar as pessoas, deveriamos ter em nossa cultura o pensamento de que os estranhos (os outros) são apenas amigos que ainda não conhecemos, trate todos como seus amigos, e verás que não tens inimigos e/ou concorrentes, apenas parceiros.
... continua

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